Porque, quando chegamos à Macedônia, a nossa carne não teve sossego algum; antes em tudo fomos atribulados: por fora combates, por dentro temores. – II Cor 7:5

No novo testamento, o Ap. Paulo, homem que foi tremendamente usado por Deus, sofreu muito para pregar o evangelho. Todavia, nunca desistiu e tão pouco se deixou abater no seu ânimo. Muito ao contrário, ele se mostrou um crente obstinado e determinado, deixando com isso para nós, um legado de fé, persistência e temor a Deus.

No antigo testamento, também encontramos, entre outros, Jó, homem de quem Deus deu testemunho de sua retidão e integridade (Jó 1:8). Embora assim fosse, porém, Jó enfrentou duras provações em sua vida pessoal, familiar e financeira, chegando inclusive a dizer o seguinte:

“mas o homem nasce para a tribulação, como as faíscas voam para cima”. – Jó 5:7

“O homem, nascido da mulher, vive poucos dias e cheio de inquietação”. – Jó 14:1

Ainda bem que Jó sabia esperar no Senhor e nunca desistiu da sua fé em Deus, e por fim Ele o abençoou restituindo-lhe em dobro tudo o que havia perdido.
O que eu quero dizer com os exemplos acima é que, o nosso viver aqui nesta terra com tantas idas-e-vindas no dia-a-dia, pode ser muito agradáveis e outras vezes, infelizmente, nem tanto.
Assim, e aqui não quero ser catastrófico nem tão pouco fatalista, mas, convenhamos, são tantas coisas acontecendo a nossa volta que a nossa fé muitas vezes é submetida a constantes desafios, inclusive a fé daqueles que eventualmente se consideram fortes e preparados.

Vejamos ainda o que o Ap. Paulo que teve uma poderosa experiência de salvação em Cristo, disse quanto às inúmeras provações que passou no ministério da pregação do evangelho:

“Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo; em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de assaltantes, em perigos dos do meu povo, em perigos dos estranhos, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos; em trabalhos e fadiga, em noites sem dormir muitas vezes, em fome e sede, em jejuns muitas vezes, em frio e nudez. Além dessas coisas exteriores, há o que diariamente pesa sobre mim, o cuidado de todas as igrejas”. II Co 11:25 a 28.

Perceberam? Agora, considerando o texto inicial de II Co 7:5, analisemos o que seria esses combates e temores de que o apóstolo nos fala:

COMBATES POR FORA
Entendo que são situações reais e que às vezes sofremos na nossa vida, tais como enfermidades, desemprego, acidentes, assaltos, abandono, traições, decepções, ataques externos, fofocas, maledicências, calúnias, difamações, etc.).

TEMORES POR DENTRO
São aqueles sentimentos que vem de dentro para fora, que não são reais em si, mas vivem às vezes a nos incomodar e a nos causar inquietações, como por exemplo: receio de ficar doentes, preocupação em perder o emprego, medo de sofrer acidentes, assaltos, etc., complexos de inferioridades, temor de ficar pobre ou passar necessidades, entre tantas outras.

O médico Lucas no seu evangelho no cap. 12:22 ao 35, nos relata o ensino do nosso mestre Jesus quanto à preocupação e temores com todas essas coisas, chegando a dizer no v 29:

“Não andeis pois a indagar o que haveis de comer ou beber, e não vos entregueis a inquietações”.

Viver se preocupando é como ocupar e sobrecarregar a nossa mente e coração com coisas que ainda não aconteceram e sequer sabemos se vai acontecer.

Sêneca, filósofo romano, escreveu o seguinte:

“O homem que sofre antes de ser necessário; sofre mais que o necessário”.

Meus queridos, como viver, então, num mundo tão cheio de inquietações e incertezas e ainda encontrar razão e ânimo para viver? Evidentemente na palavra de Deus, que foi escrita para ser a nossa bússola, guia e manual de instrução, escrita por inspiração de Deus, tal como no texto abaixo, por exemplo, que o Ap. Paulo escreveu:

“Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?
Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como não nos dará também com ele todas as coisas?

Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica; Quem os condenará? Cristo Jesus é quem morreu, ou antes quem ressurgiu dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós; quem nos separará do amor de Cristo? a tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?

Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia todo; fomos considerados como ovelhas para o matadouro.
Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou.
Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor”. – Romanos 8:31 a 39.

“lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós”. – I Pe 5:7.

Portanto, meus amados e mui queridos irmãos, vamos cada vez mais nos apegar ao Senhor e Salvador Jesus Cristo, e ficar esperando Nele, porque somente Ele tem a resposta para vencermos todos os nossos combates diários, tanto externos como internos e assim vivermos sem nos preocupar demasiadamente. Glória a Deus.

Que Deus abençoe e guarde a todos, em nome de Jesus.

A paz do Senhor.

Pr. Alexandre Maximiano de Sá