Quem lê mais a Bíblia se torna mais calmo, confiante e generoso, diz pesquisa
Para os cristãos a Bíblia Sagrada é a Palavra de Deus revelada para a humanidade através dos profetas. Ela contém a verdade absoluta sobre o sentido da vida, a condição espiritual humana de pecado e remissão através de Jesus Cristo por meio da fé e o futuro que aguarda à humanidade após à morte.
No entanto, a Bíblia ou às “Escrituras“, como também se refere genericamente o Novo Testamento, não trata apenas do mundo espiritual, apontando para o Reino de Deus no sentido futuro. Ela produz transformações profundas no presente, aqui na terra, através da vida dos que se dedicam a compreender a vontade de Deus.
Apesar de muitos já terem comprovado isso pessoalmente, uma pesquisa realizada pelo Instituto Barna ajuda a ter um olhar mais amplo sobre essa realidade, partindo do pressuposto de que até mesmo os não cristãos podem reconhecer, a partir de dados estatísticos, de que os escritos bíblicos são, de fato, transformadores.
“Segundo o estudo, quase 60% dos americanos dizem que a mensagem da Bíblia transformou suas vidas. Especificamente, os usuários da Bíblia se sentem calmos, encorajados e esperançosos e têm um senso de direção. Os resultados também mostram que o envolvimento da Bíblia tem uma influência positiva sobre os comportamentos“, informa a CBN News.
O estudo é realizado anualmente pela “State of the Bible”, da “American Bible Society“, conduzido pela Barna. Os dados de 2018 revelaram que 21 milhões de pessoas buscam novos contados com a Bíblia e pelo menos 14,9 milhões que não haviam tido mais contato resolveram voltar atrás, retomando à leitura.
“Nossa pesquisa mostrou que quando as pessoas se envolvem com a Palavra, suas vidas são melhoradas“, afirmou Roy Peterson, presidente e CEO da Sociedade Bíblica Americana. A transformação de comportamento parece uma consequência da sabedoria adquirida ao ler a Palavra de Deus.
“Eles encontram sabedoria, esperança e cura. Nos tempos às vezes turbulentos de hoje, a Bíblia pode fornecer respostas bem-vindas“, enfatiza Peterson. A pesquisa completa pode ser acessada neste link, em inglês.
Por que pastores abandonam o ministério? Veja o que revela a pesquisa
Embora a maioria dos pastores reclamem de estresse, muita cobrança e salários baixos, apenas 1% abandona o púlpito cada ano. O estudo da LifeWay Research é o primeiro a fazer esse levantamento.
Foram entrevistados 1.500 pastores de igrejas evangélicas. Os números indicam que 13% dos que eram pastores em 2005 abandonaram o pastorado 10 anos mais tarde por outros motivos além de morte ou aposentadoria.
Apesar de muito se falar sobre a diminuição dos vocacionados, “Os pastores não estão deixando o ministério em massa”, garantiu o vice-presidente da Lifeway, Scott McConnell.
Entre os dados que merecem destaque estão:
- 84% dizem que estão de plantão 24 horas por dia.
- 80% esperam conflitos em sua igreja.
- 54% acreditam que ser pastor frequentemente os sobrecarrega.
- 53% preocupam-se seguidamente com a saúde financeira de sua família.
- 48% sentem frequentemente que as exigências do ministério são maiores do que eles conseguem lidar.
- 21% dizem que sua igreja tem expectativas irrealistas sobre eles.
“Este é um trabalho brutal”, disse McConnell. “O problema não é que os pastores estão parando. O problema é que os pastores enfrentam um ambiente de trabalho desafiador. As igrejas deveriam se preocupar com isso”.
O pesquisador estima que um total de 29.000 pastores evangélicos deixaram o pastorado na última década, uma média de menos de 250 por mês.
A pesquisa também examinou os motivos pelos quais os pastores deixam o ministério e o que pode ser feito para apoiá-los.
Pouco menos da metade (45%) dos pastores ocupa o mesmo cargo que tinha há 10 anos. Outro 12% dizem que o pastor que liderava sua igreja em 2005, agora lidera outra igreja. Cerca de 10% dos pastores que estavam trabalhando em 2005 se aposentaram e 3% morreram.
Questionados sobre seus motivos para sair do pastorado, o conflito na igreja foi a resposta de 23% dos entrevistados. Questões éticas ou morais (13%), problemas de saúde (13%), problemas financeiros (8%), e doenças graves (5%). Falta de preparação para o trabalho foi citada em 3% dos casos.
Sobre os conflitos citados como motivo na maioria dos casos, isso inclui:
- 38% saíram por que as mudanças que eles propuseram não foram aceitas
- 34% dos pastores sofreram ataques pessoais
- 27% rejeição do seu estilo de liderança
- 25% expectativas irreais sobre o papel do pastor
- 13% diferenças doutrinárias
Michael Lewis, do ministério NAMB, que trabalha com pastoreio de pastores afirma que o as exigências do ministério exigem que os pastores se protejam.
Questionados sobre o assunto, os pastores responderam que:
71% das igrejas não tem projeto de conceder uma licença sabática periódica para o pastor.
- 66% não oferecem um grupo de apoio para a família do pastor.
- 66% não possuem qualquer ministério leigo de aconselhamento.
- 30% não possuem nenhum documento que indique claramente o que a Igreja espera de seu pastor.
- 16% não possui um processo detalhado de disciplina na igreja.
Fonte: Gospel